Análise Unruly Heroes (PC)

Unruly Heroes conta com grande ação cooperativa e belos cenários, em adaptação da viagem do Rei Macaco, do conto chinês Jornada ao Oeste.

Lançado em janeiro de 2019, para Xbox One, Nintendo Switch, PlayStation 4 e PC, Unruly Heroes é um jogo de ação cooperativa em plataforma, desenvolvido pelo estúdio francês Magic Design Studios. Parte da equipe de desenvolvimento trabalhou em grandes sucessos da Ubisoft, como Assassin’s Creed, Prince of Persia e Rayman.

As aventuras do Rei Macaco

Su Wukong e Goku de Dragon Ball
Goku de Dragon Ball tem forte inspiração em Su Wukong

O jogo se baseia no romance Jornada ao Oeste, e narra a lenda de Sun Wukong (mandarim para Rei macaco), baseada na peregrinação do monge Xuanzang até a Índia, em busca das escrituras sagradas do Budismo.

Este conto serviu como inspiração para inúmeros autores, inclusive para a obra de Akira Toriyama e sua obra mais célebre, Dragon Ball. Son Goku é o japonês para Rei macaco. Akira alterou muitas das características, para manter a originalidade de sua obra.

A Jornada ao Oeste, também rendeu diversas peças de teatro, HQs, animações, filmes  – como o filme “O Reino Proibido”, de 2008, com Jackie Chan e Jet Li – e é claro, vídeo games.

Os quatro guerreiros

O jogo possui quatro personagens jogáveis: Sun Wukong, Tang Sansang, Ki Hong e Sha Wujing. Cada um possui uma habilidade especial diferente, essencial para obter sucesso no jogo. Em alguns momentos, apenas com a habilidade única de cada personagem, é possível continuar.

Personagens de Unruly Heroes
Após a conclusão de cada fase, um ranking é mostrado

Sun Wukong, o rei macaco, possui velocidade, pulos duplos e um bastão que aumenta de tamanho, para passar obstáculos do cenário. Em seu ataque especial, ele cria várias cópias de si, que realizam ataques em área. Inspirado no monge budista Xuanzang, Tang Sansang tem pulos longos e dispara magia. Seu ataque especial é uma grande magia circular.

Ki Hong é um porco humanóide que pode flutuar. Ele possui um cetro que utiliza para ataques. Além disso, assopra um ar tóxico nos inimigo. Sha Wujing é o fortão do grupo. Ele é o único que consegue quebrar paredes e pode duplicar de tamanho, para descer a porrada nos inimigos.

cenário de Unruly Heroes
Objetos e outras criaturas, são controladas durante o jogo

No decorrer da narrativa, algumas criaturas são controláveis e apresentam mecânicas únicas, diferentes dos personagens principais. Eu joguei a maior parte do jogo sozinho. Mas, ele suporta até 4 jogadores no single player, todavia, só é possível jogar com um personagem por vez, alternando de acordo as necessidades de cada fase. Infelizmente, o jogo não possui modo cooperativo online, apenas local. O jogo, também possui um modo versus, para lutar contra seus amigos.

Arte visual

Os cenários são bem detalhados com forte influência da arte oriental, com elementos do budismo e taoísmo. Cada ambiente tenta realçar com cores bem vivas e com objetos, a ligação com uma região e um elemento da natureza. As 29 fases são divididas em 4 mundos: Cânion da Caveira, Templo Taoísta, Submundo e Montanha Flamejante.

Cada mundo tem sua particularidade, porém em alguns momentos eu senti um pouco repetitivo. Talvez, por ter jogado maior parte do tempo, sozinho. Com mais jogadores a ação fica fluída e torna o jogo mais divertido. Estátuas aparecem nas fases e determinam qual personagem terá papel principal para superar algum obstáculo.

Algumas partes são bem difíceis e podem levar o jogador a uma certa frustração. Porém, o jogo alterna fases mais simples, com mais complexas, até para que a história transcorra bem. A primeira fase de cada mundo, é de certa forma um tutorial para entender a mecânica e peculiaridades dos puzzles e inimigos.

Se junte a esta jornada

rei macaco
Rei Macaco iniciando a sua jornada

Unruly Heroes, é um jogo bem divertido, principalmente com amigos. Possui fases bem desafiadoras, com puzzles muito bem desenvolvidos. Uma pena, não ter modo cooperativo online, porém, Unruly Heroes é uma excelente adaptação para Jornada ao Oeste, com uma arte visual excelente e uma dinâmica de ação que não deixa a desejar para nenhum grande título do gênero.

João Ibarra
Sul-mato-grossense, mesmo, nunca teve console. Começou jogando no Super Nintendo na casa de amigos. Viveu a era de ouro das Lan Houses jogando CS 1.6 e NFS Underground. Analista de Sistemas, quase Engenheiro da Computação, vendeu a alma para a Steam, é grande fã das franquias Half Life e Max Payne.