Conversa de Sofá escolhe os melhores jogos de Halloween

Gostosuras ou travessuras? Nos renuímos para escolher os jogos que mais tem a cara do Halloween ou que nos marcaram no gênero terror.

Está chegando uma das datas mais importantes para os entusiastas da cultura americana, seja em jogos, série ou filmes: o !

A festa dedicada a celebrar os , vampiros, capirotos e assombrações em geral é o momento perfeito para lembrarmos dos nossos jogos mais queridos dentro desse universo aterrorizante! Em meio à correria para bolar alguma fantasia bacana para aquela festa de última hora, o Conversa de Sofá preparou uma pequena lista com algumas recomendações com os jogos de horror preferidos da nossa equipe. Então prepare-se para horas de diversão e sustos!

Flávio Ricardo

Dead By Daylight (Behaviour Interactive – 2016)

Apesar de não ser nenhum blockbuster dos jogos e ter um gameplay totalmente foco na experiência online, Dead by Daylight é com certeza um jogo que merce destaque em qualquer lista de jogos de Halloween.

No jogo, temos duas opções de gameplay, uma delas é estar no papel de um dos sobreviventes, cuja missão é ligar os cinco geradores espalhados de maneira procedural no mapa, e então fornecer energia para abrir o portão que é a saída do local. A outra é ser o assassino que faz uso de suas habilidades especiais para caçar os cinco e impedi-los de fugir.

Várias figuras icônicas do mundo do terror como Freddy, Michael Myers e Leatherface já deram a cara no jogo como assassinos, assim como seus cenários característicos.

O jogo é diversão garantida quando jogado com um grupo de amigos e rende bons sustos quando os assassinos nos perseguem incansavelmente ou aparecem sem avisar.

Jefferson Gonçalves

Dead Space 2 (Visceral Games/EA – 2011)

Muito antes de colocar as mãos em Dead Space 2, o hype criado pelo seu antecessor em 2008 já havia despertado a minha curiosidade no que chamavam de revitalização do Survival Horror. Já em 2011, enquanto amargurava um Resident Evil 5 duvidoso, pude finalmente conferir para o que Dead Space veio. Esta sequencia te mergulha no sci-fi espacial somado ao survival horror em um roteiro digno de longa metragem. Acompanhamos mais uma vez o engenheiro (e agora muito perturbado) Isaac Clarke, tendo que confrontar novamente as bizarrices criadas pelo The Marker, um monólito alienígena que transforma seres vivos em aberrações carniceiras que em dois tempos te reduzem a carne moída.

A beleza desse jogo está em te deixar aterrorizado a cada avanço no mapa, seja pelos grunhidos emitidos pelas criaturas constantemente, os ambientes escuros, os estalos na estação espacial com ferros se contorcendo e principalmente o silêncio do espaço. Aqui nada é muito a favor do protagonista, a munição é escassa, a visibilidade é angustiante e o fator surpresa está sempre à cargo das criaturas no decorrer do jogo. Criaturas que impressionam pela riqueza no design, que beira ao grotesco sendo uma mais bizarra que a outra. Acredite, você vai enfrentar muita bizarrice.

A estratégia é elevada ao primeiro plano, onde qualquer erro de cálculo pode resultar em um fim bem… digamos, violento. Isso é mais um ponto a favor, já que o jogo juntamente com o roteiro faz com nos importemos com o desfecho da de Isaac. Mas não se preocupe, o jogo te dá as ferramentas devidas para que você possa sobreviver desde que você saiba usá-las, o que não torna o jogo menos tenso.

Considero Dead Space 2 o ápice de uma trilogia altamente recomendável. Seu gameplay transfere com fidelidade para o jogador a agonia de um horror espacial onde sobreviver e voltar para casa é o único objetivo. Ponto para a , e eu ainda sinto agonia só de lembrar da parte do olho (jogue e você vai entender). Pareceu dramático? Mas não serão poucas as vezes que você lembrará da frase: “No espaço ninguém pode ouvir você gritar” enquanto joga.

Diego Matias

Resident Evil ( – 1996)

Tudo começou aqui.

Mesmo não sendo o pioneiro do gênero e apesar de não ter o peso dramático de outras séries, o primeiro jogo da série Biohazard (Resident Evil) foi o título que popularizou o survival horror, gênero em que para terminar o jogo, temos que sobreviver a ele em primeiro lugar. Resident Evil, lançado em 1996 para PlayStation,  teve um apelo muito forte para quem buscava jogos com conteúdo maduro e foi uma revolução pra nós que estávamos habituados a controlar animais antropomorfizados e coloridos nos principais títulos da Nintendo.

O título da Capcom foi o primeiro jogo na vida em que tive contato com o uso complexo de armas de fogo e seus modelos reais. Em Contra, por exemplo, não é preciso contar munição e nem recarregar, o jogador tem munição infinita. Em Resident Evil, cada arma comporta quantidade X de munição e elas irão acabar. A cada disparo, uma cápsula vazia é expulsa da sua pistola. ainda adicionaria a forma como seu personagem reagiria aos ferimentos que sofresse. Esse nível de detalhe era inédito pra mim e influenciou meu gosto por jogos até hoje.

A criação da atmosfera de perigo, os sustos programados que hoje são bobos mas há eram aterrorizantes, os personagens carismáticos e seus diálogos – jamais esqueceremos de você, Barry – são peças que fazem esse título ser reconhecido hoje como um dos melhores jogos  da indústria. A agonizante jornada dos membros da S.T.A.R.S. pelos corredores da mansão em Raccoon City ajudou inclusive a inserir os zumbis de volta à cultura pop.

Se você nunca jogou, reserve um fim de semana, chame amigos e experimente essa peça fundamental da do gênero Horror.
 

Tiago Matias

Zombies Ate My Neighbors (LucasArts/Konami – 1993)

Ao pensar em jogos de horror, é quase impossível não lembrar dos jogos que moldaram o gênero a partir da geração dos 32 bits, como Resident Evil e Silent Hill. Mas não é nada mal lembrar que antes disso, a LucasArts já havia trabalhado na temática e, ao contrário da proposta do terror, apostou na comédia para produzir um dos melhores jogos de zumbis de todos os tempos! 

Zombies Ate My Neighbors era em meados da década de 1990, um dos melhores jogos para se ter no . Com suporte para dois jogadores, era obrigatório jogar com um amigo devido à elevada dificuldade para completar cada uma das 55 fases. Utilizando um arsenal que iam desde água benta, passando por crucifixos, bazucas, pratos e talheres,  Zeke e Julie enfrentavam de tudo: zumbis, lobisomens, plantas malditas, múmias, uma gangue de Jason Vorhees, bebês gigantes, clones…

Tudo isso em com boas doses de humor referências aos clássicos do terror da década de 1950 (acho que era a cultura pop da época), faziam de Zombies Ate My Neighbors um título obrigatório para quem era dono de um Super Nintendo ou .

E você? Qual a sua recomendação para o Halloween? Diga nos comentários qual o seu jogo de “terror” preferido? :-D

Tiago Matias Escobar
Metaleiro não uniformizado. Cerveja, pizza, games e viagens ocasionais.