Análise Dragon Quest Heroes II

Um clássico musou, Dragon Quest Heroes II lhe dá bons momentos de pancadaria contra hordas de inimigos e mesmo às vezes sendo repetitivo, diverte os fãs do gênero.

Embora não tenha jogado Dragon Quest Heroes, posso afirmar que Dragon Quest Heroes II mantém a fórmula do seu antecessor. O novo jogo não se esforça para trazer grandes diferencias, porém se preocupa em enfatizar ainda mais seu conceito típico de musou.

Dragon Quest Heroes II conta com uma história focada nas aventuras de dois primos (Teresa e Lazarel) que acabam envolvidos em conflitos misteriosos e repentinos entre todos os 7 reinos do universo do jogo. A função dos acontecimentos basicamente é dar algum sentido para a pancadaria desenfreada, logo quem conhece musou sabe bem do que estou falando.

Enquanto está lendo essa análise a porrada tá rolando intensamente, e você provavelmente já pegou quase todo o jeito da coisa. A mecânica de Dragon Quest Heroes II é assim, básica. Apertando botões seus golpes são deferidos no que estiver pela frente. Se bater aquela preguiça, dar até para botar os combos no piloto automático.

São criaturas de todos os sabores para você se deliciar com a aniquilação em massa, que aliás, é onde tá a diversão da coisa. Aniquilar quantias consideráveis de criaturas é algo libertador! Os golpes sendo deferidos são um show à parte, e todo o processo, ainda que monótono, tem seus artifícios.

Dragon Quest Heroes II: Os slimes tremem na base com uma rajada fria dessas.
Os slimes tremem na base com uma rajada fria dessas.

Em poucas horas de jogo a maioria dos heróis principais da história estarão sob seus cuidados para que você possa utilizá-los nos confrontos. Todos os heróis possuem habilidades únicas, porém seu funcionamento parte do mesmo princípio. Além dos ataques comuns, tem os especiais (diferentes de acordo com o herói escolhido). O conjunto de ataques de cada herói é bem diversificado, mas o resultado é muito semelhante. O fator repetitivo dos combates é inevitável, mas por alguma razão você não da a mínima e permanece dentro do ciclo.

A jogabilidade pode até ser rasa, mas há muita coisa para enriquecer a sua experiência. Ao começar pelos elementos de RPG, então além de evoluir seus personagens, possibilitando melhorias com diversas habilidades novas que dão frescor para as pancadarias seguintes. O mundo do jogo é vasto e recheado de recompensas para os exploradores de plantão. Muita coisa é customizável, portanto da para brincar com muitas possibilidades. No geral, Dragon Quest Heroes II não peca no quesito conteúdo, oferecendo de tudo um pouco, dentro dos seus parâmetros.

Dragon Quest Heroes II: Muitos confrontos esperam por você!
Muitos confrontos esperam por você!

Você que já jogou algum jogo da série Dragon Quest com certeza vai se maravilhar com Heroes II, já que há bastantes elementos nostálgicos. A trilha sonora, por exemplo, traz de volta alguns sons memoráveis, enquanto os visuais estilizados que remetem anime, muito por causa do mestre Akira Toriyama, continuam encantadores.

Dragon Quest Heroes II não chega a trazer algo realmente novo, mas como musou é um jogo acertado, se sustentando com elementos que funcionam e principalmente devido ao apelo à Dragon Quest, uma série tão querida.

Dragon Quest Heroes II foi lançado no PC, PlayStation 3, PlayStation 4, PlayStation Vita e Nintendo Switch. Análise feita a partir de uma cópia da versão PlayStation 4 cedida pela assessoria de imprensa da Square Enix.

Jandeilson Barbosa
Um amante de games, tanto digitais quanto analógicos, também gosta de histórias de aventura, filmes e desenhos japoneses, refrigerante de cola, e estar com a sua família. É editor do Joguindie, um espaço independente sobre games.