Análise Star Wars Episode I: Racer (PlayStation 4)

No relançamento de Star Wars Episode I: Racer o jogador participará de campeonatos de corrida na pele do futuro jovem Padawan, Anakin Skywalker.

star_wars_race_main

Eu sei que pode ser ruim reviver momentos traumáticos sem o devido acompanhamento profissional mas caso você ainda não tenha decidido revisitar a segunda trilogia de filmes (eu chamo de Trilogia do Palpatine) da saga criada por George Lucas já depois do lançamento dos episódios 7, 8 e 9 da Disney, eu te digo que ela ficou bem menos desastrada depois desses filmes e apesar da Ameaça Fantasma ser o menos interessante dos 3, ele tem sim momentos memoráveis como o duelo final e a corrida de Pods, sequencia em que esse jogo se inspirou. E assim como aquela trilogia, esse Star Wars Episode I: Racer tem seus pontos altos.

Há muito tempo atrás em um console da Nintendo

Lançado em 1999, Star Wars Episode I: Racer acompanhou o lançamento do início da segunda trilogias de filmes Star Wars e é uma pena que eu não tenha como medir o impacto desse lançamento porque além de eu não ter um Nintendo 64 na época, todos os consoles com os quais eu tive contato estavam rodando 007 GoldenEye, Star Fox ou Mario Kart 64. Apesar dessa pouca exposição, não tive nenhuma surpresa quando soube que a Aspyr estava por trás desse remaster assim como fez com Jedi Outcast e Jedi Academy. A adaptação da Aspyr garante a qualidade dos controles que são surpreendentemente precisos e agradáveis, algo obrigatório em um jogo que nos coloca para correr em veículos super rápidos e ágeis. Também é muito competente a adaptação visual que deixa os gráficos poligonais com uma aparência retrô (eles são retrô, afinal) bem agradável pra mim que vi aqueles polígonos na época e enquanto esse aspecto exige certa nostalgia pra ser apreciado, a trilha sonora escapa disso é continua sendo incrível. Não há como ser diferente em nenhum jogo Star Wars.

star_wars_race_tunnel
Vai, Anakin!

São 4 modos principais de jogo: carreira, modo livre, melhor tempo e 2 jogadores. O primeiro é onde passamos a maior parte e envolve várias corridas por temporada que podem ser disputadas com qualquer piloto inclusive, claro, Anakin Skywalker. A primeira temporada, por exemplo é composta por 7 pistas em diferentes planetas e com dificuldade crescente. Apesar de complexas e até bem longas, as pistas e provas não são tão difíceis de aprender se você seguir a ordem apresentada no menu. Os modos livre e melhor tempo são auto explicativos e servem muito bem para o jogador aprender as pistas e se preparar para enfrentá-las no modo carreira, muito útil para evitar explodir seu pod nos planetas mais inóspitos.

O último modo, corrida para 2 jogadores me deixou com um sentimento conflitante porque apesar dessa opção ser sempre bem vinda, não poder jogar o modo carreira com 2 jogadores é uma pena embora isso se deva, no fim das contas, ao aparelho original para o qual o jogo foi lançado. Poderia ser pior, e esse modo sequer existir.

star_wars_race_track
A complexidade aumenta conforme avançamos.

O Passado promissor de Anakin Skywalker

Apesar de tudo o que poderia depor contra, Star Wars Episode I: Racer é um jogo de corrida divertido que supera as limitações do software original (e de estar ligado ao Jar Jar Binks à Ameaça Fantasma) graças à sua jogabilidade agradável e acessível, embora a distância de renderização do cenário ainda faça parecer que as coisas surgem na tela quando já deveriam estar ali há mais tempo. Paciência. Nem tudo se pode contornar em um remaster.

Há, contudo, algo a ser consertado sim, mas não pelos desenvolvedores senão pelas mãos do próprio jogador: Vença as corridas e cuide que Anakin, um piloto promissor de verdade, siga em frente nessa carreira de atleta de corrida de pod. Faça isso pelo bem dos Padawans em Coruscant. Pelo bem da Galáxia, dê um futuro ao Anakin Skywalker.

star_wars_race_split_screen
A maravilhosa tela dividida.

A análise de Star Wars Episode I: Racer foi escrita graças a uma cópia digital de PlayStation 4 cedida pela assessoria de imprensa do jogo.


Nós do Conversa de Sofá acreditamos que o videogames são uma mídia poderosa e revolucionária e que somos muito privilegiados em poder ter acesso a essas obras desenvolvidas por pessoas talentosas do mundo todo. Por isso, nesta época em que somos ameaçados pelo Covid-19, fique em casa e aproveite a oportunidade para jogar muito. Ficando em casa você não só pode apreciar os melhores jogos como também pode contribuir para que possamos voltar à nossa rotina o mais rápido possível, além de salvar vidas.

Diego Matias
Além dos reviews, escrevo no Riffs & Solos e faço vídeos com meu irmão no canal SuperContra. Passa lá!