Análise Beyond Blue (Xbox One)

Quem nunca teve a curiosidade de poder explorar o oceano e conhecer de perto os seres marinhos? Beyond Blue torna isso possível!

Acredito que muitos de nós já tivemos esse fascínio pelo alimentado ao longo dos anos por Jacques-Yves Cousteau (oceanógrafo, mundialmente conhecido pelas suas viagens de pesquisa a bordo do Calypso), ou através de um bom documentário como a série . E é ai que Beyond Blue entra em ação.

Um jogo que visa dar a você um gostinho de ser um mergulhador e explorador aquático nas águas do Oceano Ocidental, ao mesmo tempo servindo de durante sua gameplay.

Beyond Blue é um jogo produzido pela que te faz mergulhar totalmente para o lado da “Experiência Interativa”. Parece uma ferramenta de aprendizado com elementos interativos e um pouco de narrativa bem simplificada. Em momento algum nos sentimos ameaçados em Beyond Blue. Não existe absolutamente nenhum confronto, fuga, armas ou qualquer tipo de perigo. Em vez disso, é uma experiência com pegada muito tranquila e relaxante, diferente do recém lançado Maneater onde nos colocam como um tubarão assassino.

A protagonista é Mirai, que é a uma mergulhadora da OceanX com uma equipe de pesquisa recém-formada. Ela e sua pequena equipe estão equipados com alguns gadgets, permitindo que eles se aproximem da vida marinha de maneiras jamais vistas. Como dito anteriormente, não há armas ou outras coisas que possam ser encontradas durante a gameplay; em vez disso, você estará nadando de um local para outro, examinando e extraindo conhecimento no fundo do oceano. Um detalhe interessante é que Mirai tem um pouco de fascínio pelas baleias e logo você os guiará para um grupo de cachalotes que ela já havia encontrado antes dos eventos do jogo.

A mergulhadora Mirai

Após o encontro com a família de baleias, Beyond Blue toma sua forma, iniciando em águas rasas e mergulhando em profundidades mais escuras e mais densas, cruzando com perigosas como tubarões , baleias orcas e lulas gigantes conforme avançamos no jogo, Mirai faz um tipo de transmissão ao vivo bem aos moldes de um documentário desses que assistimos na , com assistência dos membros da sua equipe, ela responde perguntas que estão sendo enviada pelos espectadores enquanto ela esta submersa. Entre esses capítulos, Mirai retorna ao seu pequeno submarino, e é onde temos um pouco mais de história e interação com outros personagens, via chamadas de voz.

Um dos primeiros mergulhos de Mirai nas águas rasas do Oceano Pacífico

O submarino é o ponto chave, pois é lá que você tem a chance de visualizar alguns dos dados que acumulamos durante toda a varredura realizada nos mergulhos. Há um Tablet onde você pode ouvir musicas já pré-estabelecidas, algo semelhante ao que podemos ver em , o que deixa todo o ambiente mais agradável. Uma pequena mesa que tem algum tipo de projetor holográfico onde toda criatura que você escaneou recebe seu próprio leque de dados. Você pode visualizar o modelo do animal e configurá-lo para exibir certos comportamentos; por exemplo, definindo o modelo de um golfinho para exibir um comportamento lúdico ou o modelo de uma baleia para executar uma manobra de rolagem. Além disso, à medida que você examina o animal cada vez mais, você desbloqueia não apenas características de comportamento diferentes, mas também pequenos fatos sobre esse animal em particular, como tamanho, peso, profundidade em que vivem e até classificação biológica.

Diário de expedição, contém todos os seres que escaneamos durante o jogo e suas classificações

A bordo do submarino, você também terá tempo para assistir alguns mini-documentários com imagens da vida marinha, entrevista com pesquisadores e especialistas em oceanos, que vão sendo desbloqueados após cada capítulo da história. É possível também, conversar com seus amigos de pesquisa e até mesmo com sua irmã que por sinal, está cuidando da sua avó que sofre de demência, o lado mais dramático do jogo. Os videoclipes são reais de documentários como o Blue Planet II e todos se relacionam com eventos de Beyond Blue ou pelo menos dão alguns vislumbres agradáveis de como a biologia marinha funciona, porque é importante e como são as pessoas envolvidas na realidade tentando fazer uma mudança. São clipes curtos e interessantes que valem cada segundo.

Interior do submarino, onde são feitas as análises coletadas no Oceano

Visualmente, Beyond Blue é bonito e muito vivo mas nada que te faz saltar os olhos, os animais são bem recriados e não deixam a desejar se comparados com os do mundo real, no geral a captura desses animais e do oceano flui muito bem, seja de animais grandes ou pequenos. Da perspectiva de muitos de nós que nunca viram essas criaturas em carne e osso. Os padrões de comportamento também parecem bastante convincentes. Claro, nada vai te atacar e nada realmente se afasta de você com algum tipo de urgência como na vida real, mas se eles tivessem simulado esse comportamento, provavelmente teria quebrado o grande clímax do jogo.

Mirai usando o recurso da luz vermelha ao lado de uma Baleia em profundidade elevada

O game apresenta boas texturas e as cores aparecem bem na vida marinha de modo bem vibrante. Mirai pode possui três tipos de luzes que variam de acordo com a necessidade, de branca para UV e vermelha enquanto nas seções escuras de mergulho profundo, a luz vermelha dava toda aquela sensação estranha que eu imagino que você teria se estivesse realmente lá embaixo. O design do som apesar de ser bem simples é satisfatório, pois a dublagem é bem fluida, os sons do oceano e de seus habitantes são igualmente agradáveis no qual recomento até o uso de fones de ouvido, mesmo o jogo não informando que o uso desses faria a experiência melhor. Vale a pena ressaltar que não há música enquanto você mergulha, é apenas você, sua voz e o som do mar.

Escuridão total em um dos mergulhos mais profundos de Mirai

Beyond Blue é um jogo incrível não só para quem curte a pratica do mergulho, como também para quem se interessa pela vida marinha e pelo trabalho dos cientistas e biólogos que dedicam boa parte de suas vidas a isso e se importam com o ecossistema.

Cena de uma das partes voltadas para a conscientização das espécies marinhas

Vale informar que o game também tem toda uma pegada familiar, mesmo sendo single-player recomendo muito para quem tem filhos e quer ter um momento de lazer e passa-tempo com as crianças, Beyond Blue vai te ajudar bastante nesse quesito, pois como a jogabilidade é bem simples e os animais estão passando na tela a todo instante, é diversão na certa!

A análise de Beyond Blue foi escrita com base em uma cópia digital para o One, gentilmente cedida pela assessoria de imprensa do jogo.


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