Análise Klonoa Phantasy Reverie Series (Xbox)

Klonoa está de volta em Phantasy Reverie Series, trazendo muita nostalgia para alguns e acessibilidade para os mais novos!

Klonoa Phantasy Reverie Series

É divertido as vezes jogar algo que você não tem a mínima ideia do que se trata.

E assim foi minha experiência com Klonoa Phantasy Reverie Series. Eu achei que nunca tinha sequer ouvido falar e muito menos jogado.

Já na introdução, somos apresentados a personagens bem feitos e um mundo 3D em cenários pequenos que na hora me remeteu a Mário Galaxy e outros jogos do Nintendo Wii. Depois de uma breve história que começa com um sonho o jogo realmente começa e pra minha surpresa a exploração é totalmente side scrolling!

Cuidado com o tubarão!
Cuidado com o tubarão!

Sim, o mundo é todo feito em três dimensões, assim como os personagens e objetos, mas seu personagem, basicamente, se movimenta para direita ou esquerda e para cima ou baixo. Só que o mundo está ali! Você consegue observar vários caminhos mas nem sempre pode acessar. Aliás, é possível interagir com esses outros caminhos, jogando objetos em outro eixo que não o da movimentação.

Após algumas horas de jogo, minha curiosidade foi mais forte e procurei na internet sobre o jogo e aí sim entendi melhor. O titulo original, Klonoa: Door to Phantomile, foi lançado inicialmente para o Playstation em 1997! Imagino como o jogo foi ousado na época renderizando tantos objetos e cenários ao mesmo tempo, sendo que muitos deles nem está acessível para o jogador naquele instante.

A década de 90 foi marcada por quase todas as desenvolvedoras e publicadoras procurando um mascote para chamar de seu e, imagino, que a Namco para não ficar para trás, criou um personagem antropomórfico para chamar de seu. O orelhudo Klonoa. Uma espécie de coelho quase humano, mas também com um toque de gato… Vou deixar ele aqui pra vocês decidirem com o que ele se parece.

Klonoa
Klonoa

O personagem fez sucesso grande no oriente ganhando jogos para portáteis (totalmente em 2D) e uma continuação Klonoa 2: Lunatea’s Veil já no Playstation 2. E uma série de de jogos, incluindo um jogo de vôlei com o nosso protagonista, aliados e inimigos. E assim foi até chegarmos no Nintendo Wii… O primeiro título foi totalmente remasterizado, ganhou novas texturas e aumento de resolução. O jogo tem cara de Wii e para mim isso é muito bom! A versão recém lançada, seria então um remaster do remaster, agora também com o segundo título principal da série incluído no pacote. O que faz todo o sentido, pois é uma continuação direta da história.

O visual então é muito bonito, mas um pouco datado. Os efeitos de iluminação e sombra funcionam muito bem para o estilo gráfico do jogo, assim como elementos de água ou fogo por exemplo. Tudo funciona bem, mas passa aquela impressão que não é novo.

Vamos pegar uma carona!
Vamos pegar uma carona!

A gameplay é muito divertida e simplificada. Além dos movimentos normais de um side scrolling, você pode “agarrar” os inimigos e alguns objetos. Esses inimigos você pode atirar no cenário e em outros adversários ou até mesmo usar para dar saltos maiores e atingir lugares de difícil acesso. Já os objetos podem dar habilidades especiais enquanto você tem a posse dele, algo parecido com o que acontece em Kirby ou Mario Odissey, mas é sempre momentâneo. Além do direcional, o jogador precisa utilizar somente dois botões o que torna fácil a curva de aprendizagem.

Isso me faz pensar em quem é o público alvo desse jogo. As mecânicas são bastante simples e de fácil entendimento, precisamos apertar poucos botões e as fases, em sua maioria, oferece pouca dificuldade. Além do jogo ser todo colorido e com personagens fofinhos. Existe duas opções quando começamos o título: normal e fácil. A primeira opção já me pareceu bastante tranquila, acabei nem jogando na segunda. Acredito que Klonoa seja uma ótima opção para jogar junto com crianças pequenas ou deixar eles se divertirem sozinhos se forem um pouco maiores. Aliás, o jogo conta com um modo multijogador no mesmo console, com um player dando assistência para outro. Infelizmente não consegui testar essa forma.

As fases não tem somente “uma maneira certa” de se terminar, exigindo que se jogue diversas vezes, escolhendo caminhos diferentes para conseguir pegar todos os itens. Muitas vezes você consegue ver o outro trajeto, antes ou após essa “escolha”, no fundo do cenário ou em uma altura diferente. Instigando a tentar outras possibilidades na próxima repetição do nível.

Cenário de Klonoa

A história é bem simples, mas mais elaborada que em seus concorrentes da década de 90 (Mário, Sonic, Crash…) e com reviravoltas bacanas. Os personagens falam uma língua própria que é, por muitas vezes, engraçada. Infelizmente o Klonoa Phantasy Reverie Series não veio localizado para o Brasil e todos os diálogos estão legendados em inglês o que pode espantar um alguns jogadores. A parte sonora é muito competente, trazendo os diálogos originais e uma trilha sonora bem elaborada e executada.

Klonoa Phantasy Reverie Series tem como pontos positivos um excelente level design, uma jogabilidade que responde e funciona muito bem, visual cativante, ótima trilha sonora uma boa duração (somando os dois jogos). A história é simples e a dificuldade é baixa o que podem importar mais ou menos dependo do jogador. Como ponto realmente negativo ressalto a falta de localização em português. Não são tantas linhas de diálogos e ajudaria muito a um público novato a se interessar pelo jogo.


Essa análise foi baseada em versão de Xbox Series nos disponibilizada pela Bandai Namco. O game também está disponível para Nintendo Switch, PC, PlayStation 4 e 5, além de uma versão para Xbox One.