Jean Thomaz

Jogo muito FIFA e sempre olho o lado positivo da morte.

Análise Serious Sam’s Bogus Detour

Correr e atirar são, provavelmente, as ações mais comuns realizadas em videogames. E uma série que abraçou essas ações e as aperfeiçoa a cada novo título é Serious Sam. Dessa vez a franquia se aventura em um Twin Stick Shooter. Será que eles tiveram sucesso? Sim, tiveram.

Esse tipo de pergunta só serve pra criar um “climinha” de dúvida “né” leitor, e fazer com que a probabilidade dele ler o resto do texto seja maior. Bem, chega de explicar técnicas literárias e vamos falar sobre Serious Sam’s Bogus Detour.

O gameplay é bom. Tudo funciona bem, movimentação, esquivas, os tiros são responsivos, e as armas são bem variadas e divertidas de se usar como em todos os jogos da franquia Serious Sam. A única coisa que eu não gostei muito foi a proporção dos mapas em relação a movimentação do personagem, a “caminhada” acaba sendo um pouco lenta para percorrer as grandes áreas que a campanha contém. E por o jogo contar muito com que você percorra o mapa procurando munição, chaves e armas novas, a velocidade acaba se tornando um pouco irritante. O jogo te da um botão para “rolar” que faz com que você movimente bem mais rápido, mas as “roladas” são limitadas por sua barra de stamina, então você não pode a usar durante todo o jogo, sem contar que é bom você as economizar pra quando os inimigos chegarem. Pois todos os ataques dos inimigos dão uma dano bem alto, mas são relativamente fáceis de desviar com a “rolada”.

A dificuldade do jogo vem com a quantidade e variedade de inimigos que são jogados em você, sempre bem balanceados para que as situações sejam difíceis mas não frustantes. Os gráficos do jogo ajudam bastante nesta hora, pois os inimigos e seus projéteis são bem destacados do resto do ambiente, então é fácil perceber se algo vai ou não lhe causar dano. Além disso os gráficos são bonitos e variados, fazendo com que você não sinta que está jogando a mesma fase diversas vezes apenas com uma pintura diferente. As músicas do jogo se enquadram bem no gênero, e ajudam você a entrar no mundinho que é apresentado. Os efeitos sonoros também fazem bonito, um em especial é o do “touro gigante”. A primeira aparição dele te pega de surpresa, pois ele de fora do seu campo de visão e investe com tudo contra você, o único jeito de perceber e tentar se proteger é prestando a atenção no urro que ele dá antes de começar a investida.

Com essas informações você deve estar achando que Serious Sam’s Bogus Detour é apenas mais um bom Twin Stick Shooter, com armas divertidas, inimigos desafiadores e fases bem desenvolvidas. E que seu único diferencial será a licença da famosa série Seriou Sam. Mas ainda tem o botãozinho que diz “Steam Workshop”. Ao clicar no mesmo você encontra um mar de conteúdo extras para o jogo, que vão de novas skins e novos mapas, até completos novos modos de jogo. Por exemplo, a extensão “Bogusware”, transforma o jogo em um compilado de mini-games no maior estilo dos jogos “Wario Ware”.

Em “Roguelike Detour”, os grandes mapas abertos dão espaço a pequenas arenas interligadas que formam um mapa maior, no estilo de “The Binding Of Isaac”. A variedade de modos e mapas é praticamente infinita, vendo o jogo vem acompanhado de um editor de mapas que possibilita a criação de tais extensões com facilidade. Então além de poder experimentar as criações dos outros, você ainda pode desenvolver as suas. Lembrando que tudo isso pode ser experienciado tanto sozinho, quanto com seus amigos.

Com isso, acho seguro dizer que Serious Sam’s Bogus Detour, é uma compra certa, pois além de oferecer um gameplay divertido em sua campanha normal, o jogo ainda conta com uma infinidade de conteúdos desenvolvidos pela comunidade, que aumentam significantemente as horas de diversão que você terá com o jogo.

Análise NBA Playgrounds

NBA Playgrounds melhora muitos dos aspectos positivos de NBA JAM e traz novidades compatíveis com o que se espera de um jogo arcade de basquete na atual geração.

Análise Shadow Warrior 2

Shadow Warrior 2 é a estonteante evolução do original shooter em primeira pessoa da Flying Wild Hog, dando continuidade às desventuras do ex-shogun corporativo, Lo Wang, confira nossa análise do jogo.

Análise STRAFE

Quake. DOOM. E uma trilha sonora frenética. Esses foram os ingredientes escolhidos para criar o FPS perfeito. Mas o Professor Pixel Titans, propositalmente, acrescentou um ingrediente extra na mistura. O elemento roguelike. E assim nasceu STRAFE! Com sua ULTRA, SUPER, nostalgia. Vai nos trazer diversão e frustração!

STRAFE te coloca na pele de um mercenário espacial, com o objetivo de coletar sucata em naves e locais inóspitos da galáxia. Para lhe ajudar nesta coleta, lhe é oferecido a escolha entre três armas: ESCOPETA, RIFLE-AUTOMÁTICO ou ARMA DE PLASMA. Pense bem antes de escolher, pois esta será a única arma recarregável do jogo, as outras que você encontra durante as fases tem um limite de um pente até se tornarem porretes.

A arma principal ainda conta com um tiro secundário, que gasta mais munição, e com a possibilidade de ser melhorada através de máquinas encontradas nas fases do jogo, podendo a deixar com um tiro mais forte, com um novo tiro secundário ou com um pente de munição maior. O problema é que você não tem a opção de escolher qual tipo de melhoria deseja, é tudo aleatório. Assim como as fases do jogo.

Por ser um roguelike, as fases de STRAFE são geradas aleatoriamente. Utilizando um sistema de módulos que se encaixam para criar o trajeto completo de cada fase. Esse sistema funciona baseado nas suas mortes dentro do jogo. Cada vez que você morre, é jogado novamente para a escolha de armas e a fase por qual acabou de passar, é gerada do zero mais uma vez. Fazendo assim, com que você não tenha como “memorizar” onde estarão os inimigos e nem a rota mais rápida até o fim da fase. Tornando STRAFE num jogo que se baseia 100% nas suas habilidades motoras, exigindo muito reflexo e pensamento rápido para se adaptar as situações aleatórias que o jogo lhe apresenta, seja o tipo de arma que você está usando ou a quantidade e tipo de inimigos que lhe atacam. Mas essa aleatoriedade acaba cansando com o passar do tempo.

Apesar dos layouts das fases mudarem, as suas aparências permanecem as mesmas, e nem mesmo os estilizados gráficos do jogo, ajudam na hora de passar por “345” corredores diferentes que tiveram o mesmo decorador. Cada fase apresenta três “andares” que compartilham do mesmo estilo visual, mas por o jogo apresentar um dificuldade alta e um sistema que “reseta” a cada morte sua, você vai ficar algumas boas horas “preso” nos três primeiros andares de STRAFE.

Durante as fases você tem a possibilidade de conseguir duas peças para consertar um teletransportador que leva direto da escolha das armas até o início de cada fase. Mas a aleatoriedade das fases torna encontrar estas peças um trabalho muito difícil. Isso faz com que a frustração de morrer em uma das fases mais avançadas do jogo se torne muito maior, pois terá de passar por tudo mais uma vez para chegar até ali mais uma vez.

Pelo menos toda essa frustração é acompanhada de uma frenética trilha sonora, que combina perfeitamente com o movimento acelerado do jogo. Os gráficos não ficam atrás e são estilizados o suficiente para se encaixarem perfeitamente naquela categoria de “bonitinha mas ordinária”.

Num geral STRAFE é um ÓTIMO FPS, mas um roguelike fraco. Apresentando um gameplay frenético e satisfatório, mas poucas recompensas que o incentivem a jogá-lo por muitas horas seguidas, sendo muito mais um jogo para se apreciar em curtas doses.

STRAFE foi lançado no PC e PlayStation 4. Análise feita a partir de uma cópia da versão PC cedida pela assessoria de imprensa da Devolver Digital.